1 – Manter o nível de pH em torno de 6,8 a 7,5.
- Os contaminantes do tipo bolor verde (Trichoderma, Aspergilus e Penicilium) têm preferência por substratos mais ácidos (abaixo de 6,5). Geralmente os compostos para shimeji utilizam bagaço de cana-de-açúcar, o qual é naturalmente mais ácido, portanto para elevar o pH deve-se utilzar condicionadores inorgânicos como gesso (1-2%), calcário calítico (2-4%) e cal de revestimento (1%). A proporção destes ingredientes deve ser calculada com base no peso seco dos materiais volumosos.
2 – Manter a umidade do composto em torno de 60-65%.
- Níveis elevados de umidade prejudicam a circulação de ar/oxigênio durante a pasteurização e condicionamento favorecendo as contaminações.
3 – Não compactar o composto no momento de encher o túnel
- Normalmente isto ocorre quando o túnel é carregado com auxílio de trator ou bobcat, porém isto pode ser evitado adicionando pequenas porções de composto por vez e após depositar cada viagem o ideal é “afofar” o composto dentro do túnel utilizando a concha da máquina de baixo para cima. No caso do enchimento manual, não pisar no composto.
4 – Utilizar filtros de ar no ventilador do pasteurizador
- O processo de pasteurização não depende somente de controlar a temperatura em torno de 60 a 75ºC e no condicinamento em torno de 50ºC. O ponto mais crucial do processo é no momento do resfriamento e mesmo que o processo tenha sido realizado da melhor forma, se o pasteurizador não tiver filtro de ar, será injetado ar contaminado no composto e o processo será prejudicado. Uma opção barata é instalar o suporte e filtro de ar de carro (como uno, pálio, etc.) na entrada de ar do pasteurizador, porém se o túnel for grande (acima de 30m2) o ideal é contratar uma empresa especializada em filtragem de ar.
5 – “Bater” os sacos o mais rápido possível
- Bater os sacos logo após a inoculação expulsa o oxigênio remanescente no interior do saco e maiores concentrações de CO2 induzem o desenvolvimento micelial do fungo.
6- Incubar o composto em local apropriado
- Evitar incubar o composto no mesmo ambiente de produção. Produtores que possuem estufas de produção muito grande geralmente cometem este erro. Durante a produção geralmente ocorre flutuação da umidade do ar, temperatura e luminosidade, portanto todos os fatores atrapalham o desenvolvimento micelial do fungo favorecendo o bolor verde. Além destes, existem lotes de composto mais antigos no ambiente de produção que podem contaminar o composto recém inoculado. O ideal é incubar o composto em barracão ou sala de alvenaria, sob pallets de madeira para facilitar a circulação do ar e controle da temperatura e com ambiente com baixa luminosidade. Os sacos podem ser empilhados no máximo em 3 “andares”, os dois primeiros com 2 sacos e o terceiro com 1 saco para evitar aquecimento excessivo e as pilhas podem ser formadas em fileiras. Cada fileira deve estar espaçada da outra aproximadamente 20-30cm.
Obs. O composto deve ser analisado periodicamente sobre os indíces de relação de C:N, umidade e pH. A análise pode ser realizada em laboratórios que trabalham com análise de solos, como na UNESP de Botucatu, ESALQ em Piracicaba ou o IAC em Campinas. O custo da análise custa em torno de R$35,00 a R$70,00 e a amostra pode ser enviada via sedex.
Discussion about this post